
O desespero, o medo, a dúvida e a insegurança são cortejo comum de , digamos, sintomas intrínsecos do gênero humano.
Isso significa que não há quem não os sinta em suas diversas gradações em algum momento de suas vidas. Eles são representados fisicamente através de feixes nervosos, como o simpático, que é conhecido por demais e que provoca toda a série de sintomas coordenados pela liberação de adrenalina, como: taquicardia, respiração descompassada, transpiração fria, agitação psicomotora, pânico, náuseas, vômitos e até diarréia.
Essas reações são naturais.
O que não é natural é a Esperança.
Essa categoria de emoção sobre-humana é cantada em verso e prosa pelas religiões, como virtude de alta nobreza. Foi também exaltada por Paulo de Tarso, em carta aos gregos de Corinto, como uma das três mais excelentes virtudes. Todavia, esse tipo de "emoção" ou sentimento não encontra substrato físico que o explique. É como se fosse impossível discriminar quais as conexões cerebrais envolvidas com o complexo mecanismo que criou um dia o sentimento de Esperança.
Mas está no Inconsciente Coletivo do Ano Novo!
Todos nutrem-se de algo que denominamos Esperança na virada de ano bom. Até mesmo pessoas que sofreram perdas humanas consideradas insuportáveis, como a perda de duas filhas lindas do casal de Macaé, em Angra dos Reis, sente uma pressão provinda de algum "lugar" desconhecido que lhes alimenta de alguma forma, do sentimento de esperança.
O que é isso então?
É provavelmente um sofisticado e intrincado circuito nervoso cerebral que necessita de estímulos externos para que se desenvolva e nos ajude a tomar decisões na vida. Assim, a Esperança é uma forma de superinteligência. É uma superestratégia psíquica que torna aqueles que a possuem de mecanismos de compensação psicoilógica e de mecanismos de defesa muito mais complexos e estruturados que os mecanismos de sobrevivência conhecidos como estresse ou luta e fuga.
A Esperança é considerada pela Religião como um Dom, ou seja, uma oferta graciosa de Deus ao homem.
É possível inferir que a Esperança é um caráter adquirido, embora ainda não se possa definir ou supor de onde que ela provém.
E é por isso que me agrada incentivar e buscar em cada ser, em cada criança, em cada jovem, homns , mulheres, caídos, cansados, doentes, idosos... a todos me agrada buscar o fio que conduz a Esperança.
Que possamos cantar com Francisco de Assis:
"[...] Onde houver desespero que eu leve a Esperança."