segunda-feira, 30 de novembro de 2009

CADA "UM" COM A SUA MANIA...(último artigo no Monitor)


É comum considerar que mania é um tipo de hábito ou rito do qual o indivíduo não consegue por si próprio evitar. Tecnicamente falando, trata-se do transtorno obsessivo compulsivo ou simplesmente TOC. E quando se diz que cada um tem a sua mania, pretende-se dizer que qualquer pessoa é vitima de alguma compulsão, mesmo que seja desconhecida de todos. Estatisticamente podemos relacionar as obsessões mais comuns:
Preocupação excessiva com sujeira, germes ou contaminação; Preocupação com simetria, exatidão, ordem, seqüência ou alinhamento.; Pensamentos, imagens ou impulsos de ferir, insultar ou agredir os outros; Pensamentos, cenas ou impulsos indesejáveis e impróprios relacionados ao sexo (idéias pervertidas, de sexo violento, pedofilia, taras); Preocupação em juntar coisas inúteis ou avareza patológica; Preocupação com doenças ou com o corpo; Excesso de escrúpulos religiosos ( culpas);
Superstições: Preocupação excessiva com números especiais, cores de roupa, datas e horários (podem provocar desgraças); Palavras, nomes, cenas ou músicas indesejáveis. Todas essas situações podem ocorrer na forma de pensamentos intrusivos que tem a característica de ser incontroláveis , produzindo um verdadeiro caos na vida da pessoa que sofre de TOC. Essas idéias obsessivas levam o indivíduo à atitudes incontroláveis que são as compulsões. As mais comuns são: Lavar mãos ou objetos interminavelmente, com um exagero pela limpeza e medo da contaminação; Verificar coisas repetidamente com várias confirmações; Contagens repetitivas; Busca da ordem, simetria, seqüências lógicas ou alinhamento; Colecionar coisas inúteis; Compulsões mentais: orações, repetição de palavras, frases e números,; Fazer listas, tentar afastar pensamentos indesejáveis, substituindo-os por pensamentos contrários; tocar, olhar, bater de leve, confessar, estalar os dedos. Por isso é que cada pessoa terá sempre algo a dever nessa conta do TOC. Diz o poeta Tagore: “Quando um filho nasce quer dizer que Deus não perdeu ainda a esperança na humanidade.” Portanto, é necessário lutar e buscar ajuda especializada, isto é psicólogos e psiquiatras de modo a não permitir que estes pensamentos estranhos a nós e o comportamento ritualístico não se transformem em entidades independentes que governam a nossa vida. Deus tem esperança em nós. Busquemos a liberdade por Ele. Liberdade não é fazer o que se pensa, isso é indisciplina. Liberdade é poder contrariar uma obsessão mental e vencer os atos compulsivos. Liberdade é autonomia e paz de consciência.
Flávio Mussa Tavares

domingo, 15 de novembro de 2009

O Monitor Campista pode ressuscitar...

Meus amigos ,
Proponho a criação imediata de um joral on line MONITOR DIGITAL, que poderia ter a direção do Vítor Menezes e a colaboração de todos que lutam pela manutenção do "espírito" do quase bicentenário jornal.´

Seria como se a alma do Monitor continuasse viva na dimensão digital até "reencarnar" de outra forma, com outra direção, seja através do município ou de iniciativa particular ou da iniciativa popular.

Na minha imaginação esse renascimento, ressurreição, reencarnação do MONITOR CAMPISTA deve ter como patrocinadores um CONSÓRCIO de investidores, do município e população organizada.

VIVA O MONITOR CAMPISTA!

sábado, 14 de novembro de 2009

DROGAS PSICOTRÓPICAS LÍCITAS ( Monitor Campista, 06/11)


Apesar de ser paradoxal, existem substâncias químicas que atuam no cérebro produzindo exaltação de humor e modificação nos afetos e que são aceitas pela sociedade. Apesar de “lícitas”, podem ser altamente prejudiciais. Calcula-se que nesta primeira década do século XXI a dependência alcoólica tenha crescido em cerca de 15%. Os dados são do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas. Quanto ao fumo, houve também crescimento no consumo da ordem de um por cento. A que se deve isso? A mídia? Estas porcentagens em valores absolutos são cerca de mais dez milhões de alcoólatras e 5 milhões de tabagistas. O cigarro não é mais propagado na TV e há um crescente constrangimento para o fumante em locais públicos, resultados de uma correta política antitabagista. Isso reflete no menor crescimento da dependência física à nicotina. Mas e o álcool. A propaganda da cerveja em horário próprio de público infanto juvenil certamente induz ao uso da mesma pelos adolescentes que após os primeiros goles sentem-se menos tímidos e mais bem aceitos no grupo. É o que se chama coisa de tribo. Quanto mais precoce o uso do álcool, maior a chance de dependência. Isso sem contar com os fatores genéticos. Já vi mães e pais orgulhosos de ver um filho bebendo. Permissividade ou irresponsabilidade? A venda de cerveja para menores também necessitava de uma melhor fiscalização. As festas de debutantes, onde a maioria da população é de menores, precisavam sofrer maior fiscalização. Sei que a justiça tem profissionais responsáveis por isso, mas creio que outros órgãos poderiam ajudar nesta fiscalização, inibindo o primeiro uso. Outro fator inibitório seria uma tarifação mais alta, com destinação para os programas de prevenção e tratamento de dependentes químicos. O uso de substâncias anfetamínicas nas fórmulas mágicas de emagrecer é outro fator preocupante. Tenho visto depressões e tentativas de suicídio em mulheres que abusam ou abusaram de anfetaminas e que são muito insatisfeitas com o seu corpo, o que constitui-se um transtorno mental classificado. Somos campeões mundiais em uso e abuso de anfetaminas. Tudo isso por causa da propaganda de que o corpo escultural é o ideal de toda mulher. Resultado: ansiedade, depressão e desagrado pela vida, gerando tentativas de suicídio. Rapazes também se drogam com anabolizantes para ficar musculosos, elevando o risco de doenças cardíacas e psíquicas. A busca exagerada por medicamentos em situações que poderiam ser solucionadas com uma psicoterapia também faz parte do imediatismo moderno. Vamos procurar uma solução?
(Continuará)
Flávio Mussa Tavares
fmussa@mcampista.com.br

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

NINGUÉM MORRE...




Recordando a data de Finados, gosto sempre de repetir: não existe uma categoria filosófica denominada Morte.
Existe a Vida e o que chamamos de “morte” é simplesmente um epifenômeno da vida.
Em outras palavras a Morte não é uma entidade independente como a representavam na Idade Média. Ela não é um ente per si. Ela faz parte do fenômeno Vida.
E é possível categorizar Vida como a vida celular propriamente dita. Entretanto, há evidências de que a vida está além da célula. Nós somos um corpo ou vivemos num corpo? Se o nosso arcabouço orgânico é a síntese da Vida, a morte representa o fim do Eu.
Os estudos com pacientes terminais demonstra que existe uma consciência que sobrevive a morte. Nos Estados Unidos, o Dr. Ian Stephenson publicou um livro com mais de 6000 páginas onde estuda mais de mil casos com evidência insofismável da sobrevivência do Eu à morte do corpo. O Dr. Raymond Moody Jr. estuda a tanatologia ou ciência da morte há mais de 40 anos. A Dra. Elizabeth Klüber-Ross descreve magistralmente os diferentes “momentos“ do morrer, demonstrando ela, que após a cessação da vida orgânica, a consciência continua a existir em outra forma de vida que ela não pode definir.
O psiquiatra americano Dr. George Ritchie vivenciou ele mesmo a experiência quase morte. O laudo “morto” foi escrito no prontuário que estava em leu leito em 1942, num dos acampamentos de Pearl Harbor no Havaí. Ele viu seu próprio corpo sendo reanimado pelo médico e não entendeu o que se passava. Correu para os corredores do hospital e ninguém o escutava. Pior, ninguém o via e teve ele a surpreendente sensação de ver uma enfermeira atravessar o seu corpo. Não acreditando no que estava ocorrendo, correu para o exterior do hospital e viu homens bebendo em um bar. Acoplados a estes homens, percebeu umas entidades sombrias que buscavam com todas as suas forças sorver o álcool de seus hospedeiros. Após essa cena desagradável, vislumbrou um outro ser que perguntou sobre a utilidade de sua vida e ele não soube responder. Mandou retornar ao corpo, quando então vê um acadêmico de enfermagem debruçado sobre seu corpo e começa a respirar. O futuro enfermeiro, vendo a reanimação cardiorrespiratória daquele que, alguns minutos antes, havia sido considerado morto, não coube em si de contente. O hospital em pouco tempo, recebe a notícia de que um soldado ressuscitara. Anos mais tarde esse soldado gradua-se em Medicina e especializa-se em Psiquiatria.
O Dr. Ritchie tem convencido a muitos da idéia de que a morte é simplesmente uma passagem de um nível de vida orgânico para um nível de vida quântico ou espiritual.
Flávio Mussa Tavares