quinta-feira, 22 de julho de 2010

Uma Convidade Especial: Patrícia Bueno

SOBRE ANJOS E ROSAS
Patrícia Bueno

A rosa vermelha foi a primeira visão que tive ao abrir os olhos naquela manhã de inverno. Sobre a estante de madeira, e com seus contornos divinos, ela parecia ilustrar a oração que sempre faço ao acordar. Que nossos dias guardem o perfume da tarde-noite em que a referida rosa chegou às minhas mãos: momentos de homenagem a Chico Xavier.A rosa trouxe recordações do evento. No teatro, de luzes apagadas, somente o clarão no fundo do palco, onde eram projetadas imagens de crianças dando seus depoimentos singelos sobre o maior médium que este país já conheceu. Com seus rostinhos inocentes, ora tímidos, ora espontâneos, os pequenos demonstravam, em frases curtas, todo o respeito e amor pelo missionário mineiro.

Música, teatro, poesia, coreografias... as artes uniram-se como pétalas para formar uma flor chamada gratidão. Gratidão pelos ensinamentos de Chico, por seu exemplo de humildade e devoção ao Criador.
Na Escola Jesus Cristo, fundada em Campos há 75 anos, Chico é figura respeitada, amada mesmo, tanto pelos adultos, como pelas crianças. E todo esse amor exalou como perfume de rosas naquele domingo, seja no coro de crianças e suas doces canções com letras de paz e fraternidade, seja nos belos solos que ecoavam no Teatro Casimiro Cunha, arrancando aplausos.Absorvi toda a energia positiva daqueles momentos. Sensação de pés descalços na areia, paz de sinfonia de passarinhos em mansa alvorada. Chico tem esse poder. O poder de transformar em jardins os desertos de nossas almas, de exaltar a beleza das coisas mais simples, tão ao nosso alcance e, ao mesmo tempo, tão solenemente ignoradas.
Naquele dia, no teatro, ficaram lá fora todos os sentimentos menos nobres, aqueles que ainda fazem do mundo um lugar tão cheio de desencantos. Na manhã de segunda-feira, depois da prece de rotina, contemplei novamente a rosa que ganhei de uma jovem ao final da apresentação: linda, vermelha, aveludada. Entristeceu-me saber que em poucos dias ela não teria o mesmo viço.
Ora, Chico não está mais (fisicamente) entre nós, mas as lembranças daquele homem vestido de luz trazem o frescor de pétalas ainda molhadas de orvalho. Com seu exemplo, saberemos lidar melhor com os espinhos. --
Patrícia Bueno é Jornalista

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Exame Psíquico para jogadores de futebol


Submeter-se à um exame psíquico antes de se profissionalizar no futebol deveria ser uma prática adotada por todos os clubes do Brasil.

Os jovens que tornam-se jogadores profissionais de futebol iniciam sua carreira muito jovens. Muitos têm histórias familiares tristes, de abandono, de violência doméstica. Trazem uma carga genética e social muito pesada. Tudo isso, somado ao fato de ascenderem social e economicamente de forma muito rápida, são um caldo para formação de caracteres psicológicos de alta periculosidade.

Personalidade é genótipo, isto é, determinado por gens. Caráter é fenótipo,isto é, modificado pelo meio ambiente.

Podemos estar formando em nossos grande clubes pessoas com transtorntornos de personalidade, entre eles o de personalidade anti-social, que é conhecido popularmente como psicopatas. Seria este, o caso do goleiro Bruno. Geneticamente tem todas as prerrogativas para um transtorno de personalidade. Socialmente teve todos os ingredientes para deterioração de seu caráter.

Como um clube de importância internacional, a maior torcida brasileira e o maior campeão do país podem se alienar a estes problemas?

Como não prevenir de ter entre seus atletas podem tornar-se pessoas de alta periculosidade?


Por que não instituir exames técnicos com psicólogos e psiquiatras não apenas para prevenir a avalanche de notícias sobre jogadores de futebol nas páginas policiais, mas também para ajudar com terapia psicológica e até mesmo medicamentosa esses jovens arrojados por um mercado insano de um mundo insano, envolvido num modelo econõmico insano, a não destruir
os seus destinos
e o de outras pessoas?

sábado, 3 de julho de 2010

A prepotência e as três cartas na manga


Não entendo de futebol.

Mas sei entender muito bem que o Brasil, ou melhor, a seleção brasileira foi vencida por si mesma e pela prepotência de seu técnico.

Quem é Dunga?

O que foi a "era Dunga"?

Alguma coisa de extraordinário?

Não creio.

O Brasil poderia ter ido para a África com três cartas na manga: Ronaldo (fenômeno), Ronaldinho Gaúcho e Adriano. Gostaria muito de ter assistido a Holanda jogar com o Brasil com os três em campo.

Mas a prepotência venceu as três cartas na manga.