terça-feira, 30 de setembro de 2008


Carta encaminhada ao jornal FOLHA DA MANHÃ a respeito das repetidas reportagens sobre a Ponte Rosinha.


Aos jornalistas da Folha da Manhã


Caros amigos jornalistas desse jornal que há muito representa para mim o referencial jornalístico de minha cidade. Peço o favor de transmitirem aos seus superiores o meu desagrado como leitor bem informado , através de múltiplas mídas da atualidade com a insistente monotonia informativa dete jornal sobre a chamada Ponte Rosinha.


Sou usuário desta uma vez por semana, ao dirigir-me para a Escola Casimiro Cunha, filial da Escola Jesus Cristo, cujo acesso é preferencial pela ponte da Lapa, mas que, por motivos estratégicos do trânsito, prefiro a referida ponte.


Meu filho é professor de Biologia num colégio estadual em Guarus e usa o mesmo trajeto por preferí-lo em função da comodidade.


Afirmo assim, que ele, eu e inúmeros clientes de meu consultório que são guarusenses a utilizam preferencialmente, mesmo que não seja o menor itinerário, mas o melhor.


Portanto, só para não correr o risco de cair no descrédito, tamanha a fixação obsessiva com o tema "ponte Rosinha", sugiro, no meu suposto direito de leitor diário do jornal escrito e/ou digital que se suspenda essa série que me parece um tanto ou quanto exagerda.


Sem mais, aproveitando para renovar os meus votos de grande estima, despeço-me,


Flávio Mussa Tavares

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Eleições, pesquisas e debate

Como tenho participado de muitos eventos de natureza doutrinária nos últimos dias, não tenho acompanhado esta "emocionante" corrida aos cofres públicos, isto é , à prefeitura.

Eleições, pasmaceira geral. Os mais interessados e entusiasmados, entre um bocejo e outro, discutem sobre as piores qualidades de cada um.

Pesquisas proibidas. Essa é nova para mim, mas no cochicho descobri que o que o PDT tenta esconder na justiça, já rola solto pela cidade e não é nada bom para o PDT.

O debate apenas confirmou o favoritismo de Rosinha quando o assunto é televisão e rádio.

E...

...

...

... nada.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Instituto Precisão: parece que não vai haver segundo turno

Se depender do entusiasmo do público com as eleições não haverá segundo turno e a cidade penhorada, agradece:

Na espontânea:
Rosinha, 44%
Arnaldo, 32%
Odete Rocha, 3%
Paulo Feijó, 1%
Graciete e Vivório não pontuaram.
Brancos e nulos, 6%Indecisos, 14%

Na estimulada:
Rosinha, 44%
Arnaldo, 32%
Odete, 4%
Feijó, 1%
Graciete e Vivório, somados, têm 1%
Indecisos, 13%

Rejeição:
Feijó, 24%
Arnaldo, 22%
Rosinha, 20%
Odete, 2%
Vivório, 4%
Graciete, 1%

Foram ouvidas 2.000 pessoas entre os dias 17 e 20 de setembro.

Se a eleição fosse hoje, portanto, segundo o Instituto Precisão, não haveria segundo turno.

A pesquisa do Instituto Precisão foi registrada na 100ª Zona Eleitoral sob o nº 361/2008. A margem de erro da pesquisa é 2.2 pontos percentuais

Interpretação da crise americana (para qulquer um entender...)


From: Antônio Bocaiúva


É assim ó:

O seu Biu tem um bar, na Vila Carrapato, e decide que vai vender
Cachaça "na caderneta" aos seus leais fregueses, todos bêbados, quase
todos desempregados.

Porque decide vender a crédito, ele pode aumentar um pouquinho o preço
da dose da branquinha (a diferença é o sobre preço que os pinguços
pagam pelo crédito).

O gerente do banco do seu Biu, um ousado administrador formado em
curso de emibiêi, decide que as cadernetas das dívidas do bar
constituem, afinal, um ativo recebível, e começa a adiantar dinheiro
ao estabelecimento tendo o pindura dos pinguços como garantia.

Uns seis zécutivos de bancos, mais adiante, lastreiam os tais
recebíveis do banco, e os transformam em CDB, CDO, CCD, UTI, OVNI, SOS
ou qualquer outro acrônimo financeiro que ninguém sabe exatamente o
que quer dizer.

Esses adicionais instrumentos financeiros, alavancam o mercado de
capítais e conduzem a operações estruturadas de derivativos, na BM&F,
cujo lastro inicial todo mundo desconhece (as tais cadernetas do seu
Biu ).

Esses derivativos estão sendo negociados como se fossem títulos
sérios, com fortes garantias reais, nos mercados de 73 países.

Até que alguém descobre que os bêubidos da Vila Carrapato não têm
dinheiro para pagar as contas, e o Bar do seu Biu vai à falência. E
toda a cadeia vai para o brejo.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Novas pesquisas eleitorais em Campos

Foi publicado na Folha da Manhã uma pesquisa do Instituto Gerp que novamente marca empate técnico entre Rosinha e Arnaldo.

A diferença entre esta pesquisa e a do IBOPE é que a do Gerp dá vitória a Arnaldo no segundo turno, embora a diferença esteja abaixo da margem de erro, ou seja empate técnico.

Esperamos uma pesquisa após o debate do dia 28 próximo, pois então estaremos bem mais próximos da eleição.

Pessoalmente, após ver o site do Gerp, achei-o mais direcionado a pesquisa comercial de mercado. Digo isso em virtude do ítem "Clientes" que mostra a sua parcerias com empresas comerciais privadas.

Não vi pesquisa de oipnião direcionada a pleitos políticos.

Enfim, tudo é possível em nossa Campos...

sábado, 20 de setembro de 2008

Nouveau riche, que bicho é esse?

Dando o pontapé inicial da REDE BLOG com o tema "Quem são os novos ricos de Campos?"


Considera-se um nouveau riche (expressão francesa) alguém que ascendeu sócio-economicamente de modo rápido e evidente. Considera-se também que para ser um nouveau riche, deve ele assumir um estilo de vida um tanto ousado, demonstrando de modo inequívoco, através de extravagâncias sociais, que tem o que outrora não podia ter e nem sonhar. O termo é também para designar pessoas que atingiram alto status sócio- econômico, sem preparo cultural e sem a polidez, sendo por isso menosprezada pela antiga elite.


Historicamente, os nouveau riche tem origem na França, onde, no contexto da Revolução Francesa, a burguesia ascende aos altos patamares sociais, econômicos e políticos da sociedade, ocupando cargos e funções antes permitidos apenas à nobreza. Assim, ao longo do século XIX a aristocracia é substituída pelos novos ricos, que eram antigos moradores dos burgos ou pequenas cidades de artesãos e comerciantes que localizavam-se nas rotas da circulação monetária.



A Europa precisou fazer revoluções políticas, sociais, culturais e econômicas, como a Revolução Francesa, a Renascença e a Revolução Industrial, para assumir gradativamente os nouveau riche na direção dos seus destinos. Esta mova classe, ao longo do tempo aristocratizou-se, principalmente com os estados modernos pós-monárquicos.



No século XX, nos Estados Unidos, considera-se que a eleição de Ronald Reagan tenha sido uma ruptura com as dinastias aristocráticas americanas, republicanas ou democratas. Funcionou como um sinal. Psicologicamente o americano mudou. Quebrou-se o mito do presidente nobre, como os da Era Kennedy e surgiu o mito do presidente herói, como os Bush.


E o século XXI, com o capitalismo financeiro, acena com novas possibilidades de enriquecimento rápido, gerando nouveaux riches mais sofisticados, que entram facilmte no jet set nacional ou internacional.



Artistas e desportistas tem altíssima e rapidíssima ascensão social e econômica, que fazem deles os mais notáveis nouveaux riches da atualidade mundial globalizada, inclusive no Brasil.



Quem não vai se lembrar da mancada de um notável jogador de futebol, envolvendo-se recentemente com travestis em uma de suas andanças pelo Brasil. São as gafes cometidas pelos nouveaux riches.



Campos, como um pequeno retrato (ou caricatura) do Brasil também tem seus nouveaux riches
Quem é essa classe de novos ricos da cidade e desde quando ela assume papel predominante na cena de nossa terra chamada goitacá?



No meu entender há dois marcos que implicam na produção deste fenômeno em nossa cidade: um político e outro econômico, que não aconteceram simultaneamente, mas que se acumpliciaram com o tempo.



O fato político foi a eleição de Anthony Garotinho Matheus para a prefeitura de Campos, em 1989, quando realiza em conjunto com o Dr. Adilson Sarmet, um governo legitimamente popular.



O outro fato foi que a cidade de Campos passar a receber royalties. Em 1997, o Brasil aprovou a Lei nº 9478, instituindo novos critérios de cálculo e de distribuição de royalties para os municípios produtores ou afetados pela produção de petróleo. Campos ficou em primeiríssimo lugar e é até hoje o maior beneficiário auferindo uma quantia para nós antes incalculável.



E o que vimos acontecer após essa derrama de petrodólares em nossa cidade?
O que aconteceu com o nascimento do Kwait goitacá?



Houve o nascimento de nouveaux riches em nossa terra! Esses novos ricos são de três classes:



1- Políticos do executivo ou do legislativo que auferem somas incalculáveis advindas de contratações fraudulentas e superfaturadas de apresentações de artistas de outras cidades; subornos advindos de aprovações de projetos por licitações absurdamente faturadas, além de outras benesses recebidas de usurpadores do Bem público.



2- Servidores, contratados ou detentores de cargos de confiança do executivo ou legislativo, donos de salários astronômicos, muito além do permitido pela constituição.



3- Empreiteiros (dublê de empresário) que ganham as licitações fraudulentas de obras faraônicas, muitas vezes inexpressivas e/ou desnecessárias.

Desse modo, temos uma nova classe que substituiu a antiga aristocracia da monocultura canavieira, que segundo algumas análises sociológicas, conseguiu ser pior em todos os sentidos que a sua antecessora, isto é a oligarquia rural.




Professora Odete e revolução pela Educação


Cássio Peixoto

O DIÁRIO: 20/09/2008

A professora Odete Rocha, que concorre à Prefeitura de Campos pelo PC do B, foi a entrevista de ontem do programa Jovem Cidadão Capital na rádio Capital FM. Candidata pela primeira vez ao cargo de prefeito de Campos, Odete falou de todas as suas propostas para a Cultura e para o Turismo de Campos, e todas elas passaram pela educação. A professora respondeu as perguntas e falou de suas propostas de governo para os problemas de Campos no que diz respeito à Cultura e Turismo.

A candidata, que é professora de história, falou da importância dos prédios históricos de Campos e lembrou que a cidade tem recursos para manter seu patrimônio histórico.


“Campos tem recursos, o dinheiro existe, o que a cidade precisa é de um gestor que empregue esses recursos na Cultura e na restauração de nosso patrimônio histórico”,

declarou ela, lembrando sempre da estreita relação entre o PC do B e o Governo Federal.

“Fomos o primeiro partido a dra as mãos ao presidente Lula, desde 1989, e temos que usar essa aproximação com o Governo, temos diálogo com o Governo Federal para montar aqui um projeto diferenciado para o turismo e a Cultura de Campos”, completou.

Odete também aposta no turismo de negócios, para ela a cidade não utiliza essa alternativa.

Há algum tempo Campos era um pólo de confecções, hoje já não temos mais essa qualidade, precisamos voltar e apostar no turismo de negócios como várias cidades fazem, isso trará empregos e uma melhoria significativa para o turismo de nossa cidade”, diz ela. A utilização de nossas riquezas naturais também está no plano de governo de Odete Rocha. Para ela, Campos tem atrações turísticas, mas falta uma melhor divulgação desses pontos e uma manutenção na infra estrutura de todos os pontos turísticos.

A cultura, para Odete Rocha, está intimamente ligada a educação. Para ela, quase todos os problemas em Campos poderiam ser sanados se a cidade tivesse uma educação de qualidade e se alguns pontos fossem trabalhados na escola. Precisamos dar uma maior atenção, pois quase tudo acaba caindo na escola e na educação que nós temos que passar para as nossas crianças, desde a prevenção de doenças até a todos os problemas que enfrentamos na cultura em Campos”, explica ela. Odete afirma que


Algum esforço já está sendo feito, mas ainda é pouco para disseminar de forma definitiva a cultura em nossa cidade. “Temos tantos movimentos culturais e tantas manifestações em nossa cidade que deveriam ter mais atenção e não têm. Existem alguns artistas de Campos que se esforçam e que tentam montar algumas coisas, temos escolas de música, escolas de teatro, de pessoas abnegadas que não podem fazer tudo sozinhas, precisam de nossa ajuda”, conta ela que citou as esolas de arte Persona e o Centro de Cultura Musical de Campos como exemplo de boas escolas.

Sobre os artistas de Campos, principalmente os músicos, Odete compartilha da mesma opinião que a maioria dos candidatos. A valorização dos artistas é muito importante.


“Por que os músicos de Campos demoram tanto a receber o seu cachê? Isso não pode acontecer. Temos artistas tão bons, ou até melhores do que os artistas de outros lugares, às vezes assistimos atrações tão ruins que não são de Campos, temnos excelentes artistas na nossa cidade que serão valorizados e terão seu pagamento feito em dia”, completou ela.

A cultura será para todos. Dinheiro tem, projetos para colocar isso em prática também, só falta vontade política para realizar tudo o que é necessário” finalizou.

http://www.odiarionews.net/

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

"CAMPOS TEM OPÇÃO DE MUDAR" Odete Rocha



Candidata do PC do B à Prefeitura de Campos, a professora Odete Rocha apareceu na última pesquisa Ibope, divulgada terça-feira, em terceiro lugar, com 5% das intenções de votos. Odete diz que acredita que haverá segundo turno e que a população está induzida a acreditar na bipolarização, sem levar em conta as outras opções, o que está começando a acontecer agora. Ela disse que essa possibilidade de mudança está aglutinando nomes em torno da candidatura do PC do B, o que já resultou na primeira carreata, semana passada. Sobre a posição em um possível segundo turno, caso não esteja nele, Odete Rocha diz que a decisão será debatida dentro do partido e valerá a posição da maioria. Ela destaca que as eleições em 2010 passam pelas de Campos em 5 de outubro.


Folha da Manhã – Como você vê a campanha neste momento, após a divulgação da pesquisa que aponta seu crescimento?


Odete Rocha – Nossa campanha é o diferencial, tanto pelo que apresenta de propostas, como pela forma como ela está sendo feita.

Nós fomos capazes de fazer uma carreata, de aglutinar, em pleno sábado, sem disponibilizar nenhuma gota de combustível. Evidentemente, o tamanho de nossa carreata, diante deste detalhe, não foi de 300, de 500, mas foi uma carreata que, quando olhei, para trás, falei: “É carreata mesmo, eu não acredito”.

Porque a gente mesmo fica na expectativa. É uma demonstração da resposta de quem realmente está nos apoiando, porque acredita neste projeto, porque confia neste projeto. Este é um projeto do PC do B, porque não tem outro partido em torno de nossa candidatura. Passou a ser um projeto de descontentes do PT. Hoje temos o Fábio Siqueira na nossa campanha, de outros partidos nós temos também, de setores da sociedade civil organizada, que estão vindo culminar na nossa campanha. É um projeto de construção que vem dar neste resultado. Embora a gente saiba que na rua se reflete muito mais do que esse 5%.

Nós não distribuímos nada, além de um panfleto com as idéias de nossa proposta. Nós temos 300 plásticos, 200 dos quais foram cotizados por algumas pessoas. Cem foram doados por quem está na nossa campanha.

Depois daquele resultado de 2%, eu chegou a minha casa, e a pessoa levou o carro de som. Nessa peculiaridade de grandes campanhas, de grandes investimentos, nós estamos bem posicionados. E nós sabemos que na política estar bem posicionado é fundamental para alguns resultados. Estamos utilizando televisão para fazer critica na política e sermos propositivos, nos nossos 2m10s.


Folha – Você acha que sua candidatura se encaminha para ser uma terceira via?


Odete – Eu não serei arrogante de dizer que nós estamos representando. Mas a nossa estratégia é de estar representando este setor e os demais, contribuindo, conseguindo a renovação do quadro político de Campos. E renovação passar por você estar colocando outras pessoas para estarem fazendo o debate, participando ativamente da vida política. Isso para nós tem que se dar no plano Executivo como também no Legislativo, porque está muito ruim a forma, a repetição. A repetição não é muito boa. Em uma área que posso falar porque é a minha, em uma escola, quando a gestão fica continuada, a escola vai emperrando, porque precisa ter novo diretor para oxigenar. Isso é em qualquer lugar. Nós sabemos que a nossa candidatura é a contribuição para a renovação do quadro político.


Folha — Sua candidatura representa um fato novo na campanha, e pela análise das pesquisas, a possibilidade da realização de um segundo turno em cenário de duas candidaturas que polarizam o processo. Você acha que vai estar no segundo turno e se não estiver, com se posicionaria no segundo turno?


Odete – Em primeiro lugar, a questão do primeiro turno já foi colocada de forma descartada, quando você aquela pesquisa feita antes, quando nos aponta com o menor índice de rejeição. Numa análise política mais fria, quem tem o menor índice de rejeição, tende a crescer mais, e ali apontava que haveria o segundo turno, e não essa pesquisa de agora. Essa pesquisa de agora só veio consolidar isso, quando nos continuamos a ter o menor índice de rejeição, porque baixamos esse índice. Primeiro, nós estamos no primeiro turno. Segundo, nós não nos consideramos uma candidatura de oposição. Nós somos uma candidatura de oposição. Então, nesta conjuntura. E algumas pessoas questionam: “Ah, vocês tiveram coligados com A, com B, com C anteriormente”. Ora, quem aqui, que já participou ativamente da vida política da cidade, também não votou em Garotinho, para fazer uma ruptura lá atrás? Quem não participou do movimento Muda Campos, que estava em um processo de avanço na cidade? Difícil dizer quem tinha vida ativa naquele momento, que fosse de centro-esquerda, que não tenha participado deste momento. Um bom comunista, um bom político, a primeira coisa que tem que fazer é entender a realidade em que ele vive e atuar dentro daquela realidade. E, no decorrer do tempo, um partido político não pode viver isolado, tem que procurar as suas alianças, até pela pluralidade que temos no Brasil. Não temos um regime de partido único, e até por isso nos permite transitar de acordo com a conjuntura. Essa conjuntura hoje, nos coloca em oposição hoje, a este momento. E nós somos oposição hoje sim a estas proposições que estão aí.


Folha – Isso se aplica ao grupo de Garotinho?


Odete – Neste caso sim, especificamente. Nós participamos de governos sim, porque não somos partidos únicos e não nos isolamos. Mas no governo Mocaiber nós não participamos, nem fomos para o palanque na eleição de Mocaiber. E tínhamos acertado naquele momento. Quando analisamos a possibilidade do desgaste, nós acertamos. Hoje não dá. Nós nos apresentamos como oposição, e como oposição, o mínimo que esta cidade tem que passar a ter, enquanto partido, é coerência. Se a nossa candidatura se apresenta como oposição ela tem que ser no mínimo coerente, conseqüente com o que ela fala. Se não, vamos cair na vala comum.


Folha – O que você quer dizer é que se for do desejo seu, estaria neutra em um segundo turno?


Odete – Desejo meu não. Não funciona assim. O nosso partido é um partido nacional, existe uma coisa que muita gente não gosta, mas está nele, que é o centralismo democrático. Eu sou a presidente, mas eu não mando no partido. Nós temos uma direção, nos reunimos, vamos discutir horas, horas e horas. Cada um coloca sua posição e a posição vencedora é a que há, a unidade na luta. Vai ser aquela que, mesmo eu tendo entendido o contrário, vou respeitar. É difícil é, mas essa é uma disciplina que só tem no partido comunista. Eu não sou representante de minha vontade.


Folha – Essa decisão sobre o segundo turno viria de cima para baixo?


Odete – Não, nós não trabalhamos assim. O diretório local vai fazer a análise da conjuntura local e vai tomar uma posição. E essa posição nós acataremos. Graças aos deuses do Olimpo lá não funciona assim.


Folha – Mas pode ser que não haja segundo turno...


Odete – Nós estamos trabalhando com a perspectiva do segundo turno. Até porque tem muita coisa para acontecer aí. Juridicamente, pela forma subjetiva como está sendo trabalhado o primeiro turno, há um subjetivismo sobre a estabilidade das outras candidaturas. E o povo, de forma subjetiva, mas que objetivamente vota na urna, ele trabalha com a seguinte coisa: eu não quero perder o meu voto. Estou dizendo que se está trabalhando para que as pessoas acreditem que mesmo diante dessas análises todas que nós fazemos, que A e B podem vencer, que estão trabalhando na possibilidade de primeiro turno, mas não comigo. Por mais que eu queira estar no segundo turno e ganhar as eleições, eu tenho os pés no chão. Eu tenho 20 anos de PC do B, já fiz todos cursinhos, não vou entrar em nenhum deslumbre, colocar salto alto e achar que vou ganhar no primeiro turno.


Folha – O que você quer dizer...


Odete – Estão trabalhando aí na rua, vou ser bem transparente, que Rosinha já ganhou no primeiro turno. E estão botando isso nas cabeças das pessoas. E é isso? Não. Aí eu pergunto, a candidatura que tem capital estrutural, no mesmo porte da Rosinha, de Arnaldo, não falo de capital político. Porque quem tem capital político é a nossa, mas não tem o outro. O que a gente vê? Arnaldo vai deixar isso correr solto? É pergunta que se faz.Vocês foram às ruas hoje (na quinta-feira)? Você viu o exército do 15? Está me lembrando aquela eleição lá atrás. Tem gente do 12? Tem, mas não na mesma proporção. Aí eu me pergunto, como não tenho essas respostas na mão, eu pergunto: o 12 vai deixar que esse exército trabalhe livremente? Essa disputa é uma coisa. Folha – O quadro ainda não está fechado... Odete – É todo muito indeciso ainda, porque tem todo esse leque de coisas acontecendo, fora aquilo que não sabemos dos interesses. Que passa pela questão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Veio do TSE para cá, está voltando para o TSE. Mas, o que existe neste tabuleiro? Até porque estas eleições estão sendo confeccionadas para a eleição de 2010. Um bom articulador que pensa a política não pelo seu umbigo, pelo seu quadrado, como diz meu filho, ele está pensando na coisa maior. Essas eleições agora não vão ser especificamente eleições para eleger vereadores e prefeitos de suas cidades. Tem amplitude muito maior. Tem um PDT querendo se reestruturar no Estado, por sua vez tem o PMDB que faz a mesma coisa. Tem o PT, que é como as pessoas vêem a esquerda no Estado do Rio, ela não se firma, e precisa se firmar. A eleição de Campos não é pouca coisa. As Forças Armadas estão vindo para cá por quê?


Folha – Você acha que a candidatura de Garotinho em 2010 passa pela eleição de Rosinha em Campos?


Odete – Eu penso que não só a de Garotinho, mas todos aqueles que pensam em serem candidatos em 2010 eles precisam de serem consolidados. Eu trabalho muito com uma vi-são de partido. Um partido mais estruturado nacionalmente, evidentemente, em cidades mais importantes, ele estará muito mais perto de uma vitória, do que um partido menos estruturado. O nosso nono congresso deliberou que nós teríamos candidatura própria em todas cidades onde fosse possível, com nominatas próprias. Isso é tática para atingirmos nossa estratégia para o controle do país. Nós queremos governar o país, e para isso temos que ter pessoas em vários lugares que representem nossas idéias.


Folha – Você chegou a costurar alianças em torno da proposta da terceira via neste pleito. Em que momento foi construída a candidatura sua e a do partido, já que em pleitos anteriores a posição sempre foi aliancista?


Odete – Primeiro, por orientação do nono congresso do partido pelo lançamento de candidatura própria. A candidatura não é de Odete, não é da Jandira, não é da Jô Morais, de Minas, é da orientação do partido. Nós fomos construir essa orientação, para ver até onde ia dar certo ou não. Nenhum partido gosta de ficar sozinho. Além de ser uma questão humanamente, já aceita por todos nós, somos seres que vivemos coletivamente. Já que o partido é feito de pessoas, procuramos outros partidos para montarmos uma aliança, nessa terceira via. Por isso chamamos de bloquinho, reprodução do bloco que existe no Congresso Nacional. Conversamos com o PRTB, com o PHS, com o PT.


Folha – A composição não chegou em bom termo porque o partido queria ser cabeça de chapa? Ou o partido chegou a pensar em compor como vice?


Odete – Sim, junto com o PT. Para avançar no projeto de renovação do quadro político. Nós não somos egoístas, estamos pensando no coletivo. Para avançar num projeto de renovação do quadro político, de um novo caminho para Campos, porque nós iríamos ficar batendo pé e atrasar o projeto? É por isso que a gente acredita que dê certo, porque o projeto não é da professora Odete. Não foi professora Odete, ele é um projeto que vai além do PC do B, que vai muito mais além ainda da professora Odete. O que tem ficar que é que tem uma possibilidade de renovação, de construção, que passa por propostas diferenciadas. De mostrar que a cidade não é bipolarizada. E na política é isso. Um bom projeto se aglutina. Se estivéssemos numa visão estreita, voltada apenas para o pessoal, para o PC do B, essas pessoas não estariam vindo. Nós incorporamos o desejo de muitas pessoas e não estreitamos na política. Nós ampliamos na política.


Folha — A senhora realmente tem sido o fato novo nessa eleição?


Odete — Sim, mas só não gosto de uma coisa: “eu não tenho opção, vou votar em você”. Isso é uma contradição. Tem opção sim. Tem a opção de Odete. A cabeça das pessoas está muito polarizada. Não existe somente A ou B. E é aí que está o subjetivismo. As pessoas podem não falar isso, mas este é o sentimento que existia nas pessoas.


Folha — A senhora, de certa forma, repete hoje Dr. Makhoul (Moussalem) em 2004. Acha que isso significa que, mesmo com essa bipolarização, a população de Campos tem está demonstrando um desejo de mudança, mas por um nome que nunca esteve no cargo? E mais, a senhora acha então que a candidatura PT/PC do B era viável?


Odete — Sim. Primeiro nós temos que tirar do eleitor essa idéia messiânica de que vai haver uma solução, que vá salvar tudo. Primeiro porque nós não acreditamos nisso. Segundo porque não acredito em nada fora de uma construção. Nós estamos construindo um caminho, este caminho é possível, existe um desejo deste caminho. Ele pode ser configurado agora? Já falei: Não sabemos. Nós queremos, mas está muito distante o que nós queremos do que vai acontecer. Mas uma coisa é fato: deixa a certeza de que existe esse desejo. As pessoas precisam entender que, por nossas poucas pernas, se tivéssemos mais carros de som, placas — estamos com placas no Rio sem ter como trazer para cá — teríamos mais visibilidade. O desejo existe, na minha concepção. Mesmo quem espera o saco de cimento, o vale-cidadão de R$ 100, deseja mudança, mas ele não conseguiu, ainda, que isso é possível, porque a disputa tem sido desigual. Se a disputa fosse igual no sentido estrutural, as pessoas iriam enxergar de outra forma. Se trabalha que vai haver um turno e não sei como isso vai ficar na cabeça das pessoas e se trabalha também que existe essa bi-polaridade. Já fui a alguns lugares em que as pessoas achavam que só havia duas candidaturas.


Folha — A senhora acha que, em um determinado momento, as forças partidárias vão se juntar para formar essa terceira via?


Odete — Acho que sim... Nos reportamos ao bom e velho Lênin: às vezes para avançar é preciso recuar. Todo esse processo precisa e está sendo construído em Campos.




Publicada no dia 19-09-2008

na FOLHA DA MANHÃ
Silésio Corrêa, Saulo Pessanha, Sérgio Cunha e Suzy Monteiro


terça-feira, 16 de setembro de 2008

ODETE, A GRANDE SURPRESA


Odete Rocha foi a grande vencedor da noite em relação à pesquisa IBOPE anunciada hoje na INTERTV.


Ela alcançou os cinco pontos percentuais, sem nenhum jogo político.


Ela alcançou os 5 pontos percentuais apenas com o valor dela!


Foram os pontos mais bonitos desta pesquisa!


Parabéns minha amiga ODETE ROCHA!

ROSINHA EM CLIMA DE JÁ GANHOU


Segunda pesquiza IBOPE !


A INTERTV, afiliada da TV GLOBO no norte fluminense, divulgou agora há pouco, o resultado de pesquisa encomendada pela emissora, para saber a preferência dos campistas nas próximas eleições municipais.

Veja o resultado:

Rosinha (PMDB)...............41%
Arnaldo (PDT) .................34%
Profa. Odete (PC do B) .......5%
Paulo Feijó (PSDB) ...........2%




A grande surpresa fica por conta de Odete Rocha
que é agora o "fiel" da balança para determinar o segundo turno.


sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Municípios já podem se inscrever para o NASF

Municípios com mais de 12 mil habitantes poderão se inscrever

Na última reunião da Comissão Intergestora Bipartite - CIB entre a secretaria estadual de Saúde e secretarias municipais foram apresentados e aprovados diversos projetos como à criação de dois Centros de Referencia à Saúde do Trabalhador -CEREST, modernização da estrutura e funcionamento do HGV e ainda a pactuação de implantação do Núcleo de Apoio à Saúde da Família – NASF. Este é um reforço para a Estratégia de Saúde da Família nos municípios.Os NASFs são estruturas físicas que contarão com novas especialidades médicas que sevem de complemento para o PSF, como ginecologia/obstetrícia, psiquiatria, acupuntura, profissionais de educação física, nutricionistas, terapeutas ocupacionais, entre outras.Nas regiões com o mínimo de três equipes de PSF, serão contemplados com assistente social, profissional de educação física, farmacêutico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, nutricionista, psicólogo e terapeuta ocupacional. Naquelas regiões onde há mais de oito equipes, serão atendidas também por médicos especialistas em acupuntura, ginecologia, obstetrícia, psiquiatria, pediatria, homeopatia, além dos outros profissionais das demais áreas.A gerente de atenção básica da secretaria da saúde, Leidimar Alencar, está muito otimista com os novos rumos do programa que anda a passos largos. “O objetivo primordial desses núcleos é ampliar e reforçar a estratégia de saúde da família, trabalhando não só o tratamento, como também a promoção à saúde, uma nova política à qual o projeto também está ligado”.Para garantir a abrangência do programa, alguns desses novos profissionais irão visitar as famílias, como já é feito no PSF. “Com a criação do NASF o andamento do programa de saúde da família vai melhorar substancialmente, pois há em mente que para promover a saúde e bem estar delas não é necessário apenas atendimento médico, mas toda uma gama de assistência que vai desde a social até terapia para trabalhar e manter a saúde mental”, afirmou a gerente.O projeto já foi aprovado, mas os municípios precisam se inscrever. Eles serão avaliados devendo ter ao menos 12 mil habitantes, o que corresponde a três equipes de PSF. “Mesmo que os municípios não atinjam a população, é feito um consórcio ou união com outros municípios vizinhos para que uma pequena região tenha atendimento adequado”, explicou.Até agora foram confirmados os consórcios da região de Água Branca e Lagoinha, bem como da região de Simplício Mendes, Paes Landim e Bela Vista. Os Núcleos funcionarão como um referencial de assistência e com muita atenção e dedicação das secretarias municipais.

Fonte: Portal APPM

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Alunos da Uenf brigam pelo bandejão


Sou egresso do ensino superior público de qualidade.
Estudei na UFRJ, após meus ginásio e científico no Liceu de Humanidades de Campos.
Durante o meu período de seis anos na Federal do Rio de Janeiro, no Fundão, quando participamos ativamente da abertura do Hospital Universitário, contra interesses escusos da ditadura militar que então governava o nosso país, pude também pariticipar de outras moviemtações dos estudantes de então.
Nós éramos destemidos e nada individualistas.
Vejo com alegria a participação de minha filha Juliana pela abertura do Restaurante Bandejão na UENF, universidade de padrão internaciona, classificada entre as melhores do país.
Eu fui beneficiário do Bandejáo da UFRJ por seis anos de minha vida.
Acho justo que alunos dos diversos cursos da UENF tenham uma alimentação de qualidade em apoio a sua formação acadêmica de qualidade insuspeita.
Eis a carta de Juliana pediando apoio ao Roberto Moraes:[
(...) luta dos estudantes da uenf pelo bandejão.Começou ontem com uma marcha rumo a reitoria com muito panelaço e está continuando com um acampamento na frente da reitoria.Meu amigo blogger Yuri colocou algumas fotos e detalhes no blog dele, se quiser conferir:
http://www.dendrito.blogspot.com

A sua ajuda seria de enorme valia, já que os jornais locais não demonstraram muito interesse!

Valeu Juliana, Bandejão Já!

sábado, 6 de setembro de 2008

Dr. Bezerra de Menezes; o filme!

Que interesse tem o filme da vida do Dr. Bezerra de Menezes, médico humanitário cearense que viveu no Rio de Janeiro no século XIX?

No caso de nossa Campos, há um interesse pois a nossa cidade é citada.

Há um discurso na câmara onde um escravocrata em seu libelo acusatório contra os abolicionistas é interrompido educadamente pelo Dr. Bezerra, deputado das causas abolicionistas. No seu aparte, Dr. Bezerra defende os escravos, vítimas de maus tratos cruéis e indica que os fazendeiros campistas, sim de Campos dos Goytacazes, eram culpados por excesso de violência contra os nossos irmãos negros, nossos semelhantes diante de Deus.

Recomendo o filme que no nosso caso traz-nos uma pontinha de vergonha!

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

FELINHO


Conheci Felinho em 1973 quando a Escola Jesus Cristo participou do Festival de Teatro Infantil de Campos, com "O Boi e o Burro no caminho de Belém".

Félix Carneiro, o nosso estimado Felinho era o iluminador. Tinha cabelos compridos e era pequenino, sério, educado, compenetrado, super-responsável, aplicadíssimo e de uma gentileza rara.


Desde essa época , de tempos em tempos, travamos contato eventual com essa personalidade ímpar no Teatro Campista.

Ele já iluminou, atuou, dirigiu, produziu, enfim, no meu entender era completo no Teatro.

E mais ainda completo por que trabalhava por amor.

Todas as vezes que ele atuou junto ao Grupo de Teatro Amador Casimiro Cunha, da Escola Jesus Cristo, nunca cobrou um centavo.

Felinho era uma pessoa de grande cultura e sensibilidade.

Certamente terá muitos méritos a ser creditado a seu favor na conta corrente da Vida Maior.

Até um dia Felinho!