segunda-feira, 30 de março de 2009

UM PRESENTE PARA CAMPOS, Monitor Campista, 28/03/2009


Se o nosso município é o aniversariante, o que a população pode oferecer para ele? Por que o pensamento de que somos credores de nossa administração pública? E se uma voz se levantasse convocando a população para ser parceira da administração? E de que modo pode uma população tornar-se parceira de um município? É preciso que cada um seja irmão da cidade e não apenas filho. Do momento em que passamos a nos sentir sócios de uma grande empreitada coletiva, é mais fácil mudar o perfil psicológico do cidadão. Há muito que o nosso público vê o orçamento municipal com olhos de cobiça. Quem não quer conquistar uma fatia do grande bolo que há anos, por causa dos royalties, faz inveja a muita capital brasileira? Mas em tempos de crise internacional, o desaquecimento da economia fez cair o preço do barril de petróleo e nosso ouro negro também perdeu valor. Nossa fatia foi reduzida em trinta por cento e muitos desesperam. Recordo-me de que um dia, há muitos anos, um jovem foi vendido por seus irmãos. Ele chamava-se José. Tornou-se escravo no Egito, mas foi chamado a interpretar o sonho do faraó. Eram sete vacas gordas engolidas por sete vacas magras. A interpretação de José foi que sete anos de depressão econômica sucederiam sete anos de crescimento vertiginoso da economia. Sugeriu então que o faraó fizesse grande economia no período de fartura. E para que alcançasse esse fim, contratasse um administrador para cuidar do abastecimento, do armazenamento e do transporte da produção agrícola, com rigoroso controle de estoque e de qualidade. Que estabelecesse um imposto para os produtores e que a palavra desperdício fosse riscada do mapa. E que não se perdesse tempo. Penso que o presente que a população campista pode oferecer ao seu município é viver segundo o modelo de José do Egito. A sabedoria deste inspirado fundou na Terra a Economia e a Administração. Ali estava o princípio de que a economia tem seus ciclos sucessivos de expansão e recessão. O único detalhe é que até os dias de hoje administradores públicos e privados cometem o equívoco de esbanjar e ostentar opulência na fase expansiva das vacas gordas, esquecendo a necessária e subseqüente fase recessiva das vacas magras. Rogo a Deus que inspire nossos administradores e nosso povo a viver com parcimônia, cumprindo o programa de José do Egito, fazendo de Campos uma cidade exemplar.
Flávio Mussa Tavares
fmussa@mcampista.com.br

sábado, 28 de março de 2009

SOU MAIS A DASPU


Entre a Daslu, da socialite Eliana Tranchesi , que vende bolsas iguais às do camelódromo a 3000 reais e a Daspu, organizada por Gabriela Leite, que é fundadora da ONG Davida, e é referência nacional no trabalho social e de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis com prostitutas...


...SOU MAIS A DASPU!



A Eliana foi presa e condenada a 94 anos de prisão , mas O STJ e o TRF concederam habeas corpus a ela. Eliana foi presa em São Paulo nesta quinta após condenação a 94 anos e seis meses de prisão por crimes como formação de quadrilha, descaminho (importação fraudulenta de produto lícito) e falsidade ideológica. (http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2009/03/27/ult5772u3410.jhtm)

Transporto-me agora ao dia 16 de dezembro de 2005: “Era 16 de dezembro de 2005, rua de batalha Imperatriz Leopoldina, Praça Tiradentes, centro histórico e boêmio do Rio. Com apoio de artistas e um empresário da noite, assistidas por outros profissionais e apreciadas por gente de toda parte, profissão e origem, seis prostitutas da ONG Davida e uma convidada autônoma lançavam a grife Daspu. Concebida em julho e descoberta em novembro, a iniciativa pretendia, pela moda, sacanear o estereótipo da puta, dar visibilidade aos desafios e conquistas do movimento organizado da categoria, destruir o preconceito e a caretice e, claro, vender roupas para gerar recursos. Um negócio social. Desde então, dezenas de desfiles em ruas, boates, espaços culturais, de moda e de arte, em colégios, congressos e até em vagões de trem, presenciados por milhares de pessoas e retratados em centenas de reportagens mundo afora, consolidaram o desejo e a esperança das fundadoras, que também venderam milhares de produtos." (Daspu. A moda sem vergonha, Flávio Lenz, Aeroplano Editora)


Com quatro anos de vida, a Daspu já inspirou até novela e vive dias de glória. Mas o que aconteceu com as prostitutas da grife carioca? As prostitutas ( ou ex-prostitutas) provocaram a dona do mais luxuoso templo de consumo paulistano, desfilam com graça e irreverência por muitas passarelas, agitam a imprensa e, de quebra, atraíram os olhares da rede de magazines mais famosa de Paris, principalmente depois que a dona da Daslu protestou. As garotas da Daspu continuam dão o que falar. Ajudaram a compor a personagem da atriz Camila Pitanga para a novela 'Paraíso Tropical'. Dois livros lançados sobre sua história: “As Meninas da Daspu” (Ed. Novas Idéias, da socióloga Anna Marina Barbará) e o livro de Flávio Lenz acima citado.
Em dois anos de atividade, a marca carioca acumula fama, e as modelos já ganharam páginas de jornais e programas de TV. Mas, algumas não deixaram a prostituição e ainda dependem dela para sobreviver. O sucesso aumentou quando a loja de luxo Daslu, de São Paulo, acusou a Daspu de estar 'denegrindo' o seu nome. O barulho foi o suficiente para a marca carioca participar do 'Fantástico'. Depois, Adriane Galisteu usou um vestido criado pelas prostitutas -originalmente uma camisola 'da noite'-, causando inveja em Jô Soares. Artistas como Marisa Orth, Betty Lago e Supla posaram com as mulheres da Daspu, usando suas camisetas. Os apoios vieram de todos os lados. A Daslu, já enfrentando processo por sonegação de impostos, parou de reclamar, e a Daspu continuou causando frisson. A marca já foi até aplaudida no restrito mundo das artes plásticas, a convite do esloveno Tadej Pogcar, que expôs, na última Bienal de São Paulo, algumas peças da Daspu. Foi nos corredores do prédio do Ibirapuera que a prostituta Jane Eloy, de 32 anos, desfilou com um vestido de noiva, decorado com desenhos de casais copulando e grinalda de camisinhas. Não bastasse tudo isso, a rede de magazines mais famosa de Paris, Galerias Lafayette, encomendou lingeries da Daspu -até agora ninguém sabe dizer quando as peças chegarão à capital francesa, mas o acordo existe, elas garantem.


"A marca é para sustentar a ONG, bancar os projetos sociais", conta Natalia A., do grupo de estilistas e designer da FUMEC, universidade de Belo Horizonte que fez parceria com a DASPU nesse desfile, "a história começou quando a DASPU foi fazer uma palestra na nossa universidade. No final da palestra fomos falar com eles sobre uma parceria. O tempo passou e a DASPU entrou em contato com a coordenadoria do curso e com isso montamos um coletivo dividido em dois núcleos: moda e estilo; Gráfico, que são os meninos do grafite da passarela".

Sobre a prisão da Dona Eliane, a direção da Daspu, não quis comentar Discrição, como se sabe, é a alma do negócio. (http://veja.abril.com.br/blog/radar-on-line/156828_comentario.shtml)

Segundo Flávio Lenz: “ A honestidade foi um valor logo detectado pelo público, sem ter sido um valor que tivéssemos planejado difundir. Isso ocorreu por conta da comparação com a Daslu. Conforme conto no meu livro, Daspu – a moda sem vergonha, a ameaça de processo pela multimarcas de luxo paulistana fez as pessoas pensarem mais ou menos assim: de um lado, essas milionárias sonegadoras; de outro, essas putas pobres, esforçadas e honestas. Ficamos com elas. Paralelamente, o valor da igualdade, este já intencional. O movimento de prostitutas luta desde sempre contra o preconceito e, portanto, pela igualdade dentro da sociedade. Só quem vive o estigma sabe o que é. Ousar criar uma grife, no complicado mundo da moda, demonstra que as putas se consideram iguais, tão capazes quanto outros. E, além disso, têm ousadia (terceiro valor), porque não sentem vergonha de assumir uma profissão tão discriminada.
Já o conceito de responsabilidade social, tal como hoje compreendido, provocou um equívoco. Nunca objetivamos tirar mulheres da vida, dar a elas outra profissão, mas houve, e ainda há, por vezes, essa interpretação, fruto do próprio preconceito e da vitimização em relação a elas. Nossa proposta de responsabilidade social é outra: difundir, de novo, o valor da igualdade. A generosidade, finalmente, está em compartilhar com outras pessoas questões comuns que nem sempre são assim entendidas: é o caso da Aids, por muitos considerada coisa de viado, de puta, de drogado. Ao tratarmos do tema para fora, estamos dizendo a todos que, embora pareça nos atingir mais, a Aids não é exclusividade nossa, vamos todos nos cuidar.”

No Evangelho Jesus nunca condenou prostitutas e até disse que elas entrariam no Reino dos céus antes dos hipócritas fingidos de santos. É claro que ele disse também: 'Agora vá e não peques mais', mas ainda assim, fico com as meninas.



Portanto:

SOU MAIS A DASPU!

quinta-feira, 26 de março de 2009

SEQUESTRO- RELÃMPAGO !


Uma cliente recebeu um telefonema a cobrar para o seu fixo anunciando um sequestro-relâmpago, com uma voz ao fundo de uma menina a gritar por socorro. Na angústia do momento, a mulher que tem realmente uma filha e que no período diurno estuda em dois turnos, cumpriu as determinações do suposto sequestrador.

A lógica é certa. Pessoas tem filhos, filhos estudam geralmente de dia. Na escola, não atendem celulares, muito menos em festas. É difícil tentar comunicar-se com o filho nesta hora para confirmar a veracidade do sequestro.

A mãe foi a uma agência lotérica e fez o depósito de R$500 e mais compra de cartões telefônicos. Nesse período ela era contactada a cada minuto pelo bandido para monitorar seus passos.

A ordem era rasgar o comprovante de depósito e jogá-lo no vaso sanitário, permitindo o bandido ao celular, escutar o ruido do rasgar e da descarga. Mas essa parte do acordo ela não cumpriu. Rasgou outro papel e deu a descarga sem jogar o comprovante. Fez a ocorrência e de posso do BO, foi à Caixa Econômica e conseguiu o estorno do seu dinheiro e o bloqueio da conta do bandido. A essa altura sua filha já estava em casa e ela já tinha certeza de que tudo fora um blefe.

Portanto, eis as dicas:

1- Não atender chamada a cobrar, em celular ou fixo, a não ser com uma senha de toques combinada família a família.

2- Não atender número restrito em hipótese alguma.

3- Se fizer um depósito , não rasgá-lo e nem jogá-lo no vaso sanitário, simulando os sons.

4- Fazer um Boletim de Ocorrência na Delegacia.

5- Ir ao Banco e solicitar o estorno da quantia enviada e denunciar a fraude para que o banco bloqueie a conta do salafrário.

terça-feira, 24 de março de 2009

NÃO EXISTEM CORRUPTOS, no Monitor Campista 21/3/2009


Cheguei a surpreendente conclusão de que não existem corruptos. Pode parecer estranho essa afirmação em uma sociedade que vive saturada de notícias de corrupção em todos os níveis de administração pública, privada e público-privada. Há queda dos índices de desenvolvimento econômico-social, gerada pelo desvio do capital aplicado no setor público. Há maior morbidade por epidemias por causa da dissipação de verbas para saneamento básico. Há maior mortalidade infantil por desnutrição. Se essas são conseqüências diretas da corrupção, então, não há corruptos, há assassinos! Considerar pessoas inescrupulosas, que se locupletam com desvios de verbas como “corruptos”, pode ser um grande eufemismo. Banalizou-se a corrupção! A prática disseminou-se de tal forma que é comum considerá-la “normal”. Aplica-se aqui o aforismo bíblico: “Por muito se praticar a iniqüidade, o amor de muitos esfriará.” (Mt 24:12). O verbo esfriar é iterativo, indica uma ação continuada e progressiva. Se algo esfria, leva um tempo, há uma duração. O homem comum deixa esmorecer a esperança, a fé e o amor por testemunhar a maldade, a injustiça e o descalabro social. Assistir a noticiários com sucessivas exposições da amoralidade do ser humano, da falta de caráter, da insinceridade e da impiedade social, tem um resultado que vai além de suas conseqüências diretas, acima expostas. Há ainda a conseqüência moral. A conseqüência direta é a morte de pessoas. A conseqüência moral é a morte de almas. Portanto, não existe a figura eufêmica do corrupto. Existe o assassino de crianças. Existe o causador de abortos criminosos nas gestações frustradas por desnutrição. Existe o assassino de idosos que tem os programas sociais suspensos pela malversação de verbas. Existe o assassino por doenças epidêmicas, cujo controle depende de vontade política. Existe o assassino por desastres sociais e econômicos gerados por desemprego. Existe o assassino do futuro de muitos jovens. Existe o assassino, enfim, da fé, da esperança e do amor, dons divinos, expropriados da alma humana por aqueles que não podem ser quase que ingenuamente chamados de “corruptos”. São assassinos!
Flávio Mussa Tavares
flaviotav@gmail.com

sábado, 21 de março de 2009

PREFEITURA DE SJB REALIZA CONCURSO PÚBLICO PARA A SAÚDE

A prefeita de São João da Barra, Carla Machado, sancionou a lei n. 117/09, de 19 de março de 2009, para a criação de empregos públicos visando a formação de quadro especial junto à secretaria municipal de Saúde para a execução de atividades do Programa Saúde da Família (PSF), Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS), Especialidades em Saúde Bucal (ESAUB) e do Programa de Agentes de Combate às Endemias (PNCD). A outra lei sancionada e promulgada pela prefeita (118/09) autoriza a abertura de 100 vagas destinadas às demais especialidades e categorias profissionais. As duas leis juntas criam 275 vagas para o setor de saúde.
Segundo Carla, só a lei 117/09, cria 175 empregos públicos e estabelece as condições de contratação, remuneração, direitos e deveres dos profissionais que irão desenvolver atividades nas áreas do PSF, PACS, ESAUB e PNCD.
Cada área tem suas especificações. No caso do PACS, por exemplo, o candidato à agente comunitário deverá residir na área de comunidade em que vai atuar e ter concluído o ensino fundamental, além de participar de um curso introdutório de formação inicial e continuada, observadas as diretrizes curriculares definidas pelo ministério da Saúde e pelo Conselho Nacional de Educação.
“A contratação dos profissionais dessas áreas será precedida de processo seletivo público de acordo com a natureza e complexidade de suas atribuições e requisitos específicos para o exercício das atividades. Como sempre realizamos uma gestão transparente, esse concurso não vai ser diferente. Vamos observar critérios e objetivos, além de os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiências”, esclarece.
Carla acrescenta que durante sua gestão o servidor público municipal foi muito valorizado e esse concurso público prima pelo fortalecimento administrativo da prefeitura, fator importante para o desenvolvimento de ações e programas que beneficiem a população.
“Demos três aumentos lineares consecutivos, os maiores da região. Criamos o Cartão Alimentação no valor de cem reais e no segundo ano já aumentava em 30%, só podendo ser gasto dentro do município, fomentando, assim, o comércio local. Esse cartão injeta mais de dois milhões de reais por ano na economia sanjoanense”, ressalta a prefeita.

sexta-feira, 20 de março de 2009

MONITOR CAMPISTA, uma honra para Campos


Cresci lendo o Monitor Campista. Morava na rua Benta Pereira e costumava atravessar o Parque Alberto Sampaio com o meu Pai , tomar um caldo de cana com pastel frito na hora, no "Nunes Lanches", João Pessoa com Beira Valão. Dali seguíamos em direção à praça Ss. Salvador e parávamos vez por outra no Monitor Campista. O Monitor era o nosso matutino doméstico.
Não sei por que, mas as páginas centrais do Diário Oficial exerciam sobre mim uma estranha curiosidade. Que coisas eram aquelas?
Hoje ainda fico muito curioso com aquele monte de determinações e portarias. Incrível para mim é viver pensando nisso. Não entendo nada de Diário Oficial.
Mas entendo uma coisa. Querem detonar o Monitor Campista! E dizer isso numa pessoa indeterminada é um tipo de eufemismo. Mas é melhor assim.
Torço muito mesmo para que a possível licitação seja favorável ao Monitor Campista ou quem sabe nem haver licitação. O Monitor tem direitos adquiridos. Ele segurou a batata quente nos tempos das vacas magras e hoje que tudo parece resolvido, surge alhures a cobiça.
Estou com o Monitor. Quero o Diário Oficial no Monitor Campista!


quarta-feira, 18 de março de 2009

O PSF não onera o município

O PSF não é mais um programa federal, é uma Estratégia Federal constitucional. Para um novo governo desmantelá-lo nacionalmene, terá que fazê-lo mudando a constituição e não por decreto. A verba para implementação e para manutenção da Estratégia é também federal. Apesar de concursados pelos Municípios, os funcionários desse plano estratégico de saúde mais avançado do mundo ( a ser seguido por Obama), são pagos por verbas da União. Não há penalização do orçamento municipal e nem estadual. E assim como o PSF ou ESF, há verbas nos esperando também para os CAPS 3 e as Residências Terapêuticas na Saúde Mental. Há tamém verbas federais nos esperando para a implementação em Campos do SAMU. Há verbas nos esperando para os NASF´s que acompanham os polos do PSF com psicólogos, fisioterapeutas, professores de educação física, acupunturistas e médicos homeopatas.
Tudo isso sem investimento do município.
É política de gestão.

terça-feira, 17 de março de 2009

E a homologação do concurso do PSF?



Termina hoje o prazo de 72 horas para que a Prefeita Rosinha responda à Justiça sobre a homologação do concurso para profissionais de saúde do PSF, Programa de Saúde da Família.
Segundo a Folha da Manhã , o
"... Cancelamentos e demora para um posicionamento são problemas de quem fez a prova. Responderá que cumpriu - o concurso foi realizado em 28 de dezembro, apesar de duas vezes adiado através de ações movidas pelo então vereador Edson Batista,[...]. Mas, baseada em uma decisão da 2ª Vara Civil de Campos e na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), dirá que não poderá cumprir o que esperam os mais de 35 mil candidatos do concurso: a homologação. Segundo o procurador-geral do município, Francisco de Assis Pessanha, na petição que será enviada à Justiça Federal, a prefeitura explicará que existe uma decisão da Justiça Estadual sobre a não homologação. Além disso, há o fato de a prefeitura, conforme explicou o procurador, não ter como arcar com as despesas de novos servidores. - A Lei de Responsabilidade Fiscal diz que os municípios podem comprometer até 60% da arrecadação com a folha de pagamento. Em Campos, a folha já compromete 84% - explicou. Francisco de Assis informou que irá propor ao juiz da 1ª Vara Federal, Fabrício Antonio Soares, a realização de audiência especial para tentar solucionar o problema de outra maneira. O caminho seria o retorno do PSF através da terceirização. Uma visita de representantes do Ministério da Saúde para tratar do assunto estava agendada para a última sexta, mas foi cancelada. "

Este blog considera equivocadas as declarações utilizadas como justificativa para não aplicação da Lei, pois o PSF não é mais um "programa" do Governo Federal, é uma Estratégia em nível nacional e o modelo de contratação em todo o país, segundo informações seguras é na forma de Concurso Público nas esferas municipais, com garantia de suiplementação de verba federal.

Portanto, é quase que premente que as pendências a respeito de verbas federais sejam sanadas para que a Estratégia de Saúde da Família, com os seus vários braços possa ser implemtada definitivamente e necessariamente em Campos.

segunda-feira, 16 de março de 2009

ABORTO E ESTUPRO - Monitor Campista 14/03/2009



O propalado aborto realizado por uma equipe médica especializada do Recife em uma pré-adolescente de 9 anos, com gravidez gemelar merece alguns comentários. Ele foi precedido de todas as recomendações éticas e protocolos clínicos. O caso ganhou maior notoriedade diante da excomunhão da equipe médica e da mãe da menina, pelo Bispo de Olinda e Recife. Ao ser questionado pelos repórteres a respeito do padrasto, que era o violador da inocência da pobrezinha e de sua irmã de 13 anos, o prelado informou que este não poderia ser enquadrado na excomunhão, pois o estupro é um pecado menos grave que o aborto. Ora, convenhamos não se pode considerar todos os abortos da mesma forma! A grande parte dos abortos clandestinos realizada no Brasil é realizada em mulheres adultas que buscam o sexo, mas não desejam a sua natural conseqüência, a gravidez. Por livre iniciativa, pagam a médicos inescrupulosos, anti-éticos e de perícia duvidosa, para executarem o seu feto. No caso em questão, uma menor foi, por mais de um ano seviciada por um monstro em sua própria casa, sob as vistas mais ou menos inconsciente da própria mãe. A sua irmã, que é uma criança especial, sofreu também a barbaridade. A menor de 9 anos é ainda impúbere e nunca havia menstruado, ovulou aleatoriamente e engravidou. Uma gestação de gêmeos. Sabe-se que é imprevisível o que pode ocorrer num caso destes com a mãe prematura. Um dos riscos possíveis em qualquer gestação gemelar é o da rotura uterina. Se é comum em gestações normais, quanto mais em um útero infantil que crescerá numa pelve infantil. Do ponto de vista ético, é imperioso a um médico indicar a interrupção da gestação num caso como este. Eu não estou me referindo aqui a legalidade do chamado aborto "honoris causa", isto é o aborto em nome da honra ultrajada. Estou falando do aborto terapêutico, da salvação da vida da menor ultrajada e quase assassinada. Esse aborto não é em nome da honra e muito menos eugênico, que executa fetos considerados doentes. Esse aborto é uma prevenção da possível morte materna. Trata-se de preservar uma vida quase perdida. Numa sociedade que vê a pedofilia crescer no enlevo da evolução tecnológica, inclusive no seio das diversas igrejas, não há como ignorá-la. O padrasto cometeu um crime hediondo, E altamente blasfemo é o religioso, que no exercício de seu pastoreio, converte-se em lobo e devora suas ovelhas. Portanto aplaudo a equipe médica do Recife que com o salvou uma criança e denunciou a hipocrisia de todos os tempos.
Flávio Mussa Tavares
fmussa@mcampista.com.br

sábado, 14 de março de 2009

A QUEM SEGUIMOS? Monitor Campista 07/03/2009

Quando eu era estudante universitário, refugiei-me temporariamente em movimentos de cunho radical. Certa vez meu Pai alertou-me sobre os riscos e eu lhe respondi com toda a empáfia da juventude: -Sigo idéias e não pessoas! Mas e cresci e descobri que jamais segui idéias, simplesmente por que sempre que pensei seguir algum ideal, eu o absorvi através da ótica de alguém. E esse alguém é sempre persuasivo e magnético. Todas as idéias pelas quais me apaixonei: o Espiritismo, o Socialismo, a Homeopatia e agora, a Psiquiatria, foram personificadas em um personagem marcante em minha vida, como um mito. Muito tempo passou até que eu percebesse que a personalidade humana é frágil e que procura moldar-se através do exemplo, da admiração, das boas impressões que certas pessoas deixam em nossas vidas. Todos temos heróis. “Meus heróis morreram de overdose”, é o trecho de uma canção de Cazuza cantada e repetida por muitos jovens. Eu já tive heróis mortais. E suas idéias eram tão mortais quanto eles. Quando Jesus liberou seus discípulos de o seguirem, Pedro num momento de lucidez espiritual respondeu com outra pergunta:- Senhor, para quem iremos nós?(Jo 6:68) Percebeu ele, nesse insight, aquilo que nossa arrogância não nos permite reconhecer. Sempre seguimos pessoas e não idéias. Modelos, ídolos, heróis, de uma forma ou de outra, os seguimos mais ou menos inconscientemente. A primeira fase de maturação é reconhecer que temos seguido pessoas. A segunda é saber se estas pessoas são mortais ou imortais. Caso tenhamos a coragem de Cazuza de declarar que nossos heróis morreram, podemos passar à terceira fase. É a fase da lucidez de Pedro, de caminhar em direção a um imortal. Mortal é aquele que luta por coisas transitórias, relativas. Imortal é o que luta por algo transcendente. Paulo disse que combateu o bom combate e que sabia em quem tinha crido. Portanto, é fundamental que saibamos quem tem sido os nossos heróis. A quem seguimos? Caso já tenhamos abandonado a jactanciosa opinião de que seguimos apenas idéias, é importante ter consciência clara para identificar quem tem sido os luminares de nossa vida. E perceber se sua luz é a luz numenal de Kant ou se são trevas.
Flávio Mussa Tavares
fmussa@mcampista.com.br

segunda-feira, 9 de março de 2009

O cavalo e o porco


Um fazendeiro colecionava cavalos e só faltava uma determinada raça. Um dia ele descobriu que seu vizinho tinha este determinado cavalo. Assim, ele atazanou seu vizinho até conseguir comprá-lo.

Um mês depois o cavalo adoeceu, e ele chamou o veterinário que disse:

- Bem, seu cavalo está com uma virose, é preciso tomar este medicamento durante três dias. No terceiro dia eu retornarei e caso ele não esteja melhor será necessário sacrificá-lo.

No terceiro dia, deram a terceira dose do medicamento e o veterinário disse:

- Infelizmente vamos ter que sacrificá-lo amanhã, pois a virose pode contaminar os outros cavalos.

Quando foram embora, o porco se aproximou do cavalo e disse:

- Cara, é agora ou nunca! Levanta logo! Coragem! Vamos! Isso, devagar! Ótimo, vamos, um, dois, três, legal, legal, agora mais depressa, vai....fantástico! Corre, corre mais! Upa! Upa! Upa!

Então, de repente o dono chegou, viu o cavalo correndo no campo e gritou:

- Milagre!!! O cavalo melhorou, isso merece uma festa!Vamos matar o porco!


Assim é que é. Ninguém percebe o funcionário que realmente tem mérito pelo sucesso, ou que está dando o suporte para que as coisas aconteçam.
Viver bem é a arte de nada esperar (Schopenhauer).

sábado, 7 de março de 2009

O BANCO DA DORALICE


O Banco do Brasil não é mais aquele. Em plena campanha de dizer-se o banco do cliente, tipo, BANCO DO JOÃO, BANCO DA MARTA, BANCO DO FERNANDO, etc, ontem em Jundiaí- SP, foi a vez da campanha, BANCO DA DORALICE.

VEJAM NO SITE DO GLOBO:
"A empregada doméstica Doralice Muniz Barreto, de 44 anos, conta que teve de tirar a blusa
para passar pela porta giratória da agência do Banco do Brasil no Centro de Jundiaí, cidade localizada a 58 km de São Paulo. "Me senti humilhada, arrasada, acabada, uma ninguém", afirmou.

Ela contou ao G1 na tarde desta sexta-feira (6) que vai procurar um advogado na próxima semana para processar o banco e pedir uma indenização por danos morais. Toda a cena foi gravada pelo celular de outra cliente, Cleide Aparecida dos Santos Silva. Em nota, o Banco do Brasil informou que segue as normas institucionais


A empregada doméstica considera que foi discriminada por ser negra, uma vez que outros clientes brancos passaram tranquilamente pela porta. A Polícia Militar foi chamada por um advogado, cliente do banco, e lavrou um termo circunstanciado.



Mãe de cinco filhos e avó de quatro netos, Doralice chegou à agência por volta das 15h10 de quarta-feira (6) para descontar seu cheque-salário de aproximadamente R$ 700. Quando tentou entrar pela primeira vez, a porta travou.

Doralice tirou o relógio e duas chaves do bolso e depositou no
porta-objetos, mas nada adiantou. Ela também esvaziou a bolsa que carregadva a tiracolo, colocando todos os objetos à vista, sem sucesso. De acordo com ela, o segurança permaneceu dizendo que havia objetos de metal com ela. Ela ainda tentou entrar na agência outras quatro vezes.


Desesperada, Doralice pediu ao segurança que chamasse o gerente, mas o vigia avisou que o gerente estava ocupado. "Disse para ele: 'eu não tenho mais nada. A única coisa que eu posso fazer agora é tirar a roupa'. E ele me disse: 'problema seu'", conta Doralice.

Diante da resposta do vigilante, a empregada tirou a blusa e a porta imediatamente destravou. "Eu fiquei tão nervosa que ia tirar a roupa toda, mas não deu tempo", disse ela.

A mulher conta que cerca de 50 clientes estavam dentro do banco no momento em que a cena aconteceu. "Depois da raiva, me senti humilhada e com vergonha. Chorei muito e estou chorando até agora", disse ela.



A costureira Cleide Aparecida conta que estava no banco com a filha, a dona de casa Érica Cristina dos Santos, que filmou toda a cena com seu celular. "Se ela me chamar eu vou ser testemunha a favor dela. Tinha um advogado lá no banco que também aceitou defendê-la. Eu fiquei indignada. Como pode uma pessoa ser impedida de entrar no banco com todo mundo olhando. Foi só ela tirar a blusa que deixaram entrar", afirmou.



Cleide afirma que filmou para não depender apenas da palavra. "Filmei porque se a pessoa vai na delegacia e conta o que aconteceu, ainda são capazes de dizer que é mentira", afirmou.



Doralice contou que, assim como Cleide, todos os clientes se mostraram solidários. Na intenção de ajudar, um advogado que passava pelo estabelecimento chegou a propor ao segurança que levasse a empregada para algum lugar seguro por onde ela pudesse entrar sem oferecer risco. "Ele disse que se eu tivesse alguma coisa perigosa os guardas poderiam chamar a polícia", conta ela. Outros clientes aconselharam Doralice a quebrar a porta.



Funcionários parados

Ela afirma ainda que nenhum dos funcionários se mostrou solidário a ela. "Todo mundo que estava sentado naquelas mesas fingiu que não estava acontecendo nada."



Questionado sobre o caso, o Banco do Brasil divulgou a seguinte nota: "O Banco do Brasil segue as normas institucionais, entre elas, a portaria 387 da Polícia Federal que em seu artigo 62 diz que o banco é obrigatório ter vigilante, alarme e um item de segurança, que pode ser portal com detector de metais ou outro item que retarde a ação dos criminosos. O objetivo é garantir a segurança dos clientes."



Marido de Doralice, o aposentado e vendedor Augusto Zara ficou preplexo. "Eu vou falar o que? Além de revoltante, isso mostra que essas pessoas são muito mal preparadas. Isso deveria servir para mostrar que o banco é nosso", afirmou.



http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL1032457-5605,00-MULHER+TIRA+A+BLUSA+PARA+ENTRAR+EM+AGENCIA+BANCARIA+EM+JUNDIAI.html

quinta-feira, 5 de março de 2009

FOI DEUS QUEM ME FEZ ASSIM (Monitor Campista, 21/02/2009)



Partindo do princípio de que nós somos seres criados pela bondade de Deus, é muito comum escutarmos a frase: “Eu sou assim mesmo e foi Deus que me fez assim”. Com que intuito faz alguém essa afirmação? Porventura, essa frase denota a plena confiança na justiça e na providência divinas? De modo algum! Essa assertiva funciona como uma defesa. De modo geral, o homem comum justifica a si mesmo esquivando-se do que a sua própria consciência lhe grita. Criado ou resultado de um epifenômeno biológico, o homem não nasceu com a perversão de caráter. Somos seres dotados de livre arbítrio. Deus é um Pai que outorga ao filho liberdade para agir e responsabilidade para suportar as conseqüências. Deus não é um ditador. Deus não quer seus filhos coagidos a fazer o que é certo. Deus quer filhos que livremente aceitem o seu plano para o nosso mundo. Ao delegarmos a Deus a paternidade de nossos defeitos, estamos cometendo um duplo erro: orgulho e blasfêmia. O orgulho nos conduz à auto-indulgência, que é um recurso primitivo que o orgulhoso utiliza para não se sentir culpado de nada. É um desculpismo confortável, pois não exige de nós nenhuma mudança. Ofender a Deus é culpá-lo por nossa insensatez. O ato de criar foi uma expressão de amor divino incompreensível para a nossa racionalidade. Não é possível ao nosso cérebro, formatado para a relatividade de nossa existência, conceber o que está no sentido do absoluto. O Amor de Deus é algo inefável e não cabe em conceitos humanos, sempre finitos e particulares. Nós somos responsáveis por nossos equívocos na vida. Quando dizemos: “eu sou assim mesmo”, estamos assumindo que somos seres completos. Mas não é verdade. Deus nos criou e quer que nós completemos a nossa criação. Disse Santo Agostinho: “O Deus que te criou sem ti, não te quer salvar sem ti.” Somos convidados a participar ativamente de nossa criação. Giovanni Pico della Mirandola, filósofo neoplatônico italiano do século XV escreveu; “Deus criou o homem pela metade, para que ele pudesse completar-se”. Temos o dever de aprimorar as nossas qualidades e não aperfeiçoar os nossos defeitos. É preciso uma psicoterapia que nos acorde de nosso estado sonambúlico e nos aponte os desvios de nosso caráter. Egoísmo, vaidade, ciúme, ambição não são dotes divinos para os nossos temperamentos. São mimos que fazemos conosco. Somos como crianças rebeldes que consideram ter sempre razão. Deus não “ nos fez assim”, quer que nos tornemos sempre melhores.
Flávio Mussa Tavares
fmussa@mcampista.com.br