Jornalismo é um meio de se fazer história. Os grandes historiadores de todos os tempos pertenciam aos grupos dos vencedores. Flávio Josefo, escreveu sobre as guerras judaicas pela ótica romana, embora fosse judeu. A história do Brasil foi escrita sob a ótica da coroa portuguesa, considerando por exemplo Calabar como traidor. Chico Buarque em seu “Elogio da Traição”, alega que Calabar não poderia ter traído Portugal, simplesmente pelo fato de não ser português. A Guerra do Paraguai foi, segundo a historiografia moderna, liberta do estigma da colonização, uma ação política da Santa Aliança liderada pela Áustria, somada ao interesse mercantil inglês, de desestabilizar o governo popular de Solano Lopez (algo como que um Hugo Chávez da época). Na verdade foi a Guerra da Tríplice Aliança, liderada, infelizmente, pelo Brasil.
Da mesma forma que a historiografia vale-se de documentação para resgatar a verdadeira história, da mesma forma que os pesquisadores estão resgatando inclusive as anotações das cavernas de Qmram, com os seus famosos manuscritos, validando os textos do Novo Testamento, um dia o jornalismo será também revisitado.
Hoje o jornalismo é atrelado a interesses econômicos, mas certamente há bons exemplos e excelentes profissionais que não tem preço(em nenhum sentido).
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