Um jovem príncipe do Tibete estava em oração quando escutou a voz de um anjo anunciar a morte próxima de sua querida e bela noiva. Desesperado, o jovem pede clemência e o anjo responde que como ele era sincero, lhe seria concedida a graça de dividir o resto de seu tempo de vida com a sua noiva. Restavam-lhe, segundo o anjo, 46 anos de vida. Caso decidisse dividi-los com sua noiva, poderiam viver felizes por 23 anos, após os quais morreriam juntos. O jovem hesitou diante de tal proposta e solicitou tempo para pensar. O anjo lhe concedeu 24 horas. Na hora aprazada para a decisão, disse o jovem ao emissário divino que aceitava a proposta com uma condição: que a parcela doada fosse confiscada à moça em caso de infidelidade. O anjo, então, concedeu-lhe o pedido, reafirmando, porém, que ele não havia doado, mas sim emprestado seu tempo de vida. Os dois casaram-se e tiveram um filho. Quatro anos após, o príncipe, agora rei, necessitou fazer uma longa viagem. No seu retorno recebe a notícia de que sua esposa havia morrido. Ficou desesperado e passou a blasfemar contra Deus e seus mensageiros a quem chamava de mentirosos. Tem então, novamente, a inefável visão do anjo de Deus que lhe diz: “Acalma-te e escuta. Não blasfemes mais. Realmente emprestastes metade de tua vida à tua esposa, que deveria ter vivido mais 23 anos. Entretanto, em tua ausência, teu filho adoeceu gravemente e iria morrer. Imediatamente, tua esposa rogou em comovente prece, que Deus concedesse ao pequeno o tempo que lhe restava na Terra. Deus atendeu ao pedido. Salvou-se o teu filho, mas tua esposa morreu. Enquanto tu, como noivo, hesitaste em emprestar metade de tua vida, ela, mãe extremosa, não titubeou um segundo sequer, para doar ao filhinho, a vida inteira. Esta jovem mãe tibetana é um símbolo e uma imagem de nossas mães amadas. Este texto é uma adaptação de uma palestra de meu Pai, Clóvis Tavares. Dizia ele que amor das Mães nos acompanha todos os dias da vida e além da morte. A imagem materna torna-se escudo de nossas almas, alimento de nosso coração, síntese das afeições humanas. Seus sacrifícios ocultos são muitas vezes o preço de nossa formação moral. Suas lágrimas afiançam diante de Deus, sem o sabermos, a proteção do Céu sobre as nossas vidas. Para elas, nossa homenagem.
Flávio Mussa Tavares
fmussa@mcampista.com.br
Flávio Mussa Tavares
fmussa@mcampista.com.br
4 comentários:
lindo texto, tio Flávio!
hoje mesmo estive com uma amiga que é mãe recentemente e ela disse que nunca imaginou que poderia amar alguém tanto assim!
grande abraço
lindo texto, tio Flávio!
hoje mesmo estive com uma amiga que é mãe recentemente e ela disse que nunca imaginou que poderia amar alguém tanto assim!
grande abraço
Mais um lindo texto...Obrigada pela homenagem!!
Bela história, Flávio. Amor igual, ou maior, só o de Deus por nós todos. E tantas vezes não o entendendemos, não é?
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