sábado, 14 de junho de 2008

Um pouco de Nina Arueira


“ Não é necessário que se formem partidos e regimes para garantir aos esfomeados o pão que de direito lhes pertence. Basta que uma voz ressoe constante , aos ouvidos dos opulentos e lhes lance no íntimo as cenas tétricas e reais da fome, da miséria, do vício, da doença, do crime, da morte que são o ambiente normal dos que trabalham sem recompensa e sem ser lembrados... Se cada opulento vagabundo olhasse através do seu luxo, o esforço penoso do pobre, que para lhe oferecer tudo, tudo tirou de si, decerto a Verdade viria, descobrindo-lhe os horrores que se escondem sobre o ouro e guiaria a sua mão para a Fraternidade, que é a suprema aspiração dos espíritos bem formados.
Se todos abdicassem um pouco de sua personalidade e voltassem os olhos para a coletividade, veriam um novo mundo de amarguras, e quereriam agir, e trabalhar e viver, para a ventura dos edificadores de seu luxo.
E o mundo todo seria feliz!
E nenhuma blasfêmia enegreceria o céu das consciências.
E uma eterna alegria, e uma possibilidade de mais glórias se desdobraria no eterno destino do homem.
E as portas do Edem se abririam na Terra.”


Livro: NOVO CÉU E NOVA TERRA, de Nina Arueira. Scortecci. São Paulo. 2005

2 comentários:

Flavia D'Angelo disse...

Parabés amigo de plantão, que com sua voz, e agoea palavras, trazem um pouco de paz e sensatez frente ao momento de nossa cidade!!Seja muito bem vindo!!

Flavia D'Angelo disse...

Parabés amigo de plantão, que com sua voz, e agoea palavras, trazem um pouco de paz e sensatez frente ao momento de nossa cidade!!Seja muito bem vindo!!