Entre a Daslu, da socialite Eliana Tranchesi , que vende bolsas iguais às do camelódromo a 3000 reais e a Daspu, organizada por Gabriela Leite, que é fundadora da ONG Davida, e é referência nacional no trabalho social e de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis com prostitutas...
...SOU MAIS A DASPU!
A Eliana foi presa e condenada a 94 anos de prisão , mas O STJ e o TRF concederam habeas corpus a ela. Eliana foi presa em São Paulo nesta quinta após condenação a 94 anos e seis meses de prisão por crimes como formação de quadrilha, descaminho (importação fraudulenta de produto lícito) e falsidade ideológica. (http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2009/03/27/ult5772u3410.jhtm)
Com quatro anos de vida, a Daspu já inspirou até novela e vive dias de glória. Mas o que aconteceu com as prostitutas da grife carioca? As prostitutas ( ou ex-prostitutas) provocaram a dona do mais luxuoso templo de consumo paulistano, desfilam com graça e irreverência por muitas passarelas, agitam a imprensa e, de quebra, atraíram os olhares da rede de magazines mais famosa de Paris, principalmente depois que a dona da Daslu protestou. As garotas da Daspu continuam dão o que falar. Ajudaram a compor a personagem da atriz Camila Pitanga para a novela 'Paraíso Tropical'. Dois livros lançados sobre sua história: “As Meninas da Daspu” (Ed. Novas Idéias, da socióloga Anna Marina Barbará) e o livro de Flávio Lenz acima citado.
Em dois anos de atividade, a marca carioca acumula fama, e as modelos já ganharam páginas de jornais e programas de TV. Mas, algumas não deixaram a prostituição e ainda dependem dela para sobreviver. O sucesso aumentou quando a loja de luxo Daslu, de São Paulo, acusou a Daspu de estar 'denegrindo' o seu nome. O barulho foi o suficiente para a marca carioca participar do 'Fantástico'. Depois, Adriane Galisteu usou um vestido criado pelas prostitutas -originalmente uma camisola 'da noite'-, causando inveja em Jô Soares. Artistas como Marisa Orth, Betty Lago e Supla posaram com as mulheres da Daspu, usando suas camisetas. Os apoios vieram de todos os lados. A Daslu, já enfrentando processo por sonegação de impostos, parou de reclamar, e a Daspu continuou causando frisson. A marca já foi até aplaudida no restrito mundo das artes plásticas, a convite do esloveno Tadej Pogcar, que expôs, na última Bienal de São Paulo, algumas peças da Daspu. Foi nos corredores do prédio do Ibirapuera que a prostituta Jane Eloy, de 32 anos, desfilou com um vestido de noiva, decorado com desenhos de casais copulando e grinalda de camisinhas. Não bastasse tudo isso, a rede de magazines mais famosa de Paris, Galerias Lafayette, encomendou lingeries da Daspu -até agora ninguém sabe dizer quando as peças chegarão à capital francesa, mas o acordo existe, elas garantem.
"A marca é para sustentar a ONG, bancar os projetos sociais", conta Natalia A., do grupo de estilistas e designer da FUMEC, universidade de Belo Horizonte que fez parceria com a DASPU nesse desfile, "a história começou quando a DASPU foi fazer uma palestra na nossa universidade. No final da palestra fomos falar com eles sobre uma parceria. O tempo passou e a DASPU entrou em contato com a coordenadoria do curso e com isso montamos um coletivo dividido em dois núcleos: moda e estilo; Gráfico, que são os meninos do grafite da passarela".
Sobre a prisão da Dona Eliane, a direção da Daspu, não quis comentar Discrição, como se sabe, é a alma do negócio. (http://veja.abril.com.br/blog/radar-on-line/156828_comentario.shtml)
Segundo Flávio Lenz: “ A honestidade foi um valor logo detectado pelo público, sem ter sido um valor que tivéssemos planejado difundir. Isso ocorreu por conta da comparação com a Daslu. Conforme conto no meu livro, Daspu – a moda sem vergonha, a ameaça de processo pela multimarcas de luxo paulistana fez as pessoas pensarem mais ou menos assim: de um lado, essas milionárias sonegadoras; de outro, essas putas pobres, esforçadas e honestas. Ficamos com elas. Paralelamente, o valor da igualdade, este já intencional. O movimento de prostitutas luta desde sempre contra o preconceito e, portanto, pela igualdade dentro da sociedade. Só quem vive o estigma sabe o que é. Ousar criar uma grife, no complicado mundo da moda, demonstra que as putas se consideram iguais, tão capazes quanto outros. E, além disso, têm ousadia (terceiro valor), porque não sentem vergonha de assumir uma profissão tão discriminada.
Já o conceito de responsabilidade social, tal como hoje compreendido, provocou um equívoco. Nunca objetivamos tirar mulheres da vida, dar a elas outra profissão, mas houve, e ainda há, por vezes, essa interpretação, fruto do próprio preconceito e da vitimização em relação a elas. Nossa proposta de responsabilidade social é outra: difundir, de novo, o valor da igualdade. A generosidade, finalmente, está em compartilhar com outras pessoas questões comuns que nem sempre são assim entendidas: é o caso da Aids, por muitos considerada coisa de viado, de puta, de drogado. Ao tratarmos do tema para fora, estamos dizendo a todos que, embora pareça nos atingir mais, a Aids não é exclusividade nossa, vamos todos nos cuidar.”
"A marca é para sustentar a ONG, bancar os projetos sociais", conta Natalia A., do grupo de estilistas e designer da FUMEC, universidade de Belo Horizonte que fez parceria com a DASPU nesse desfile, "a história começou quando a DASPU foi fazer uma palestra na nossa universidade. No final da palestra fomos falar com eles sobre uma parceria. O tempo passou e a DASPU entrou em contato com a coordenadoria do curso e com isso montamos um coletivo dividido em dois núcleos: moda e estilo; Gráfico, que são os meninos do grafite da passarela".
Sobre a prisão da Dona Eliane, a direção da Daspu, não quis comentar Discrição, como se sabe, é a alma do negócio. (http://veja.abril.com.br/blog/radar-on-line/156828_comentario.shtml)
Segundo Flávio Lenz: “ A honestidade foi um valor logo detectado pelo público, sem ter sido um valor que tivéssemos planejado difundir. Isso ocorreu por conta da comparação com a Daslu. Conforme conto no meu livro, Daspu – a moda sem vergonha, a ameaça de processo pela multimarcas de luxo paulistana fez as pessoas pensarem mais ou menos assim: de um lado, essas milionárias sonegadoras; de outro, essas putas pobres, esforçadas e honestas. Ficamos com elas. Paralelamente, o valor da igualdade, este já intencional. O movimento de prostitutas luta desde sempre contra o preconceito e, portanto, pela igualdade dentro da sociedade. Só quem vive o estigma sabe o que é. Ousar criar uma grife, no complicado mundo da moda, demonstra que as putas se consideram iguais, tão capazes quanto outros. E, além disso, têm ousadia (terceiro valor), porque não sentem vergonha de assumir uma profissão tão discriminada.
Já o conceito de responsabilidade social, tal como hoje compreendido, provocou um equívoco. Nunca objetivamos tirar mulheres da vida, dar a elas outra profissão, mas houve, e ainda há, por vezes, essa interpretação, fruto do próprio preconceito e da vitimização em relação a elas. Nossa proposta de responsabilidade social é outra: difundir, de novo, o valor da igualdade. A generosidade, finalmente, está em compartilhar com outras pessoas questões comuns que nem sempre são assim entendidas: é o caso da Aids, por muitos considerada coisa de viado, de puta, de drogado. Ao tratarmos do tema para fora, estamos dizendo a todos que, embora pareça nos atingir mais, a Aids não é exclusividade nossa, vamos todos nos cuidar.”
No Evangelho Jesus nunca condenou prostitutas e até disse que elas entrariam no Reino dos céus antes dos hipócritas fingidos de santos. É claro que ele disse também: 'Agora vá e não peques mais', mas ainda assim, fico com as meninas.
Portanto:
SOU MAIS A DASPU!
Um comentário:
Bom dia, querido!
Bem, eu nem preciso dizer que fui, sou e sempre serei mais a DASPU por todos os motivos que possam imaginar; até mesmo o de possibilidade de consumo. ahaha!
Brincadeiras à parte, quando li esta semana que a moçoila havia sido condenada a 94 e poucos anos de prisão, pensei: hii... já vi esse filme! Viver num país onde não se confia em cumprimento de leis é "flórida!"... Me lembro que em 2006, quando ela foi presa, havia uma campanha hilária... "Venha conhecer a Nova Daslu filial Carandiru.. Porque a tendência é marginal chic", com a foto dela de listradinho atrás das grades. rs! lembra disso?
Bem, triste é a nossa inversão total de valores dar a esta Marca imagem de empresa com “responsabilidade social”. Imagem que ela comprou com uma pequena percentagem de tudo que já sonegou de impostos. Simples assim. A Daslu representa o que de asqueroso há na "elite" brasileira.
Bjs
Auci
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